terça-feira, 12 de maio de 2009

Artigo do Dep. Alfredo Kaefer

Educação, drogas e pacto federativo

Todo ser humano, quando nasce, é inocente por natureza. Sua herança genética lhe dará características da sua personalidade, que se somará ao caráter moldado pelas circunstâncias que estarão a sua volta: pela família e pelo ambiente social em que estiver inserido. Este conjunto é o molde que será cunhado nos primeiros anos de vida desta pessoa, que estará ao sol pelo resto do tempo que permanecer respirando os ares deste mundo.

O que tem a ver isto com educação, drogas e pacto federativo? Será com a educação que pudermos levar às crianças, desde a tenra idade, que poderemos formar um ser humano completo. Mas terá que ser cedo. Temos que possibilitar que uma criança tenha acesso a educação desde 2 ou 3 anos de idade, para sociabilização, alfabetização e iniciação escolar, incluindo tempo lúdico, inerente à necessidade infantil. É o conhecido maternal, jardim de infância e pré-escolar, usufruído pelas mães de classe média e de alta renda.

Os que conseguiram encaminhar seus filhos neste programa os têm, dentre a grande maioria, bem encaminhados. Na sequência, educação fundamental e básica em tempo integral e ensino médio técnico/profissionalizante darão condições para se formar um jovem preparado para ingressar no ensino superior e seguir os rumos de sua vida.
O estímulo para manter um jovem na escola e provocá-lo à continuidade de sua formação educacional, é viciar a criança no estudo, o que certamente impedirá, absolutamente, a possibilidade do vício da droga. Em todas as etapas deste programa escolar, o esporte terá que estar presente sistematicamente.


E onde entra o pacto federativo? Não conseguiremos implantar um modelo de educação, como o proposto, sem a municipalização total da educação infantil ao ensino médio. Administração local é extremamente mais eficiente e eficaz, nas áreas da saúde e educação e é a elas, que devemos transferir tais encargos. Sem uma reforma em nosso modelo federativo, que hoje deixa para União quase 60% da arrecadação total de impostos (e que impostos, de 37% do PIB) e apenas 16% aos municípios, esse modelo não é possível. É urgente redistribuir o bolo tributário do país.
Temos que rever também com urgência nossa estratégia de investimentos globais da educação, quando aplicamos metade dos recursos do país em ensino superior, em detrimento a educação fundamental. Além desta distorção, estudantes abastados se formam em universidades públicas e estudantes carentes “ralam” o mês inteiro para conseguir seu diploma em faculdades particulares.


Se conseguirmos superar estes desafios rapidamente e resolvermos o crônico problema da educação, teremos nossos jovens bem formados, saudáveis, livre das drogas e construiremos em apenas uma geração um novo país, nação próspera e promissora.

Alfredo Kaefer
deputado federal/PSDB-PR